quinta-feira, 3 de setembro de 2009


Recolhi as xícaras e os copos.

Imaginando apagar os vestígios da tua visita varri o chão e lavei a louça.

Ingeri açúcar tentando enganar o desejo.

Teu cheiro ainda está em mim e pela casa.

Deitei na cama e vi teu dorso despido, estendido ali. Abracei o travesseiro e lembrei minhas mãos em tuas costas largas.

Minhas pernas ainda estão trêmulas e fracas, meus lábios sedentos dos beijos que você me trouxe de presente...meu corpo vazio estremece, músculos se movem voluntariamente...

Teu orgasmo solitário me disse o quanto me desejas... Tuas palavras de carinho me mostraram o quão vazio ficou nosso mundo depois “daquele encontro”.

Levantei e mais uma vez te procurei pela casa. Você ainda estava no sofá desarrumado e nas almofadas pelo chão.

No espelho do banheiro te vi por sobre os ombros, me observando calado, com olhar de quem dá muito mais do que quem pede amor.

Tomei um banho tépido calmante... relaxei lembrando teu corpo quase dentro do meu...

(PROSA POÉTICA - Simone Costa)

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