segunda-feira, 12 de outubro de 2009

III PRÊMIO INTERNACIONAL DE POESIA AO VÍDEO

Tá chegando a hora. Faltam apenas 2 dias para o início da corrida rumo ao Prêmio.
Entre os dia 15 e 25 de outubro acesse fliporto.net e assista ao vídeo da poesia AVENIDA PAULISTA, quanto mais acessos mais chances teremos de chegar a final...

Estamos na contagem regressiva...

Desde já obrigada por clicar na poesia. Comente o que achou em meuolhar.costa@gmail.com

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ENSAIO SOBRE O ESCREVER

(Da coragem do se permitir)
Por Simone Costa

Escrever é mesmo um belo exercício. Exercita-se não só a criatividade, mas sobretudo o desprendimento e o desapego. Uma vez publicado, o texto, passa a pertencer ao leitor. E passa a caber a ele - e tão somente a ele - a análise, o entendimento, a absorção...

Quando mal escrito, um texto expressa o nada, o vazio absoluto.

Se bem feito, até o nada ganha forma e conteúdo.

Na aventura do escrever e quanto mais escreve, o autor percebe que a criatividade não é solitária nem soberana. Existe uma força estranha na criação de cada personagem, é como se ela ganhasse forma - de fato - desenhando-se aos poucos: personalidade, caráter e até mesmo contornos físicos, vão tendo vontade própria. É bem verdade que as lembranças, as histórias e as pessoas reais com as quais se convive ajudam a formatar tais personagens, afinal o único autor que criou do nada foi Deus, mas elas se mostram e se revelam misturadas, porque "as pessoas são muito ilusórias e vagas para serem copiadas", como bem disse o romancista.(1)

Escrever não é preciso e, talvez seja mais incerto que viver.

Se por um lado escrever nos dá um ligeiro poder, por outro há de se conviver com frustrações como não ser contemplado com um prêmio tão desejado e sonhado, ser rejeitado por um editor ou ainda não conseguir "vender" a sua melhor idéia.

As críticas não se enquadram no universo da frustração, são em si reconhecimentos, e se bem vistas e bem usadas servem de exercício para o aprimoramento. Pior que ser criticado é não ser lido. É como falar para ninguém.

Escrever é um belo exercício e quando se tem a oportunidade de se escrever sobre o escrever, exercita-se mais que a criatividade, o desapego ou o desprendimento. Exercita-se o autodescobrimento, a impermanência, o vazio transbordante, a autocritica...

Engana-se quem pensa que escrever é fácil. Principalmente para quem sabe, escrever é quase que autodestrutivo. Porque, ou o autor será julgado (de uma forma ou de outra) bem ou mal ou simplesmente será ignorado.

Escrever: Não há nada mais contemporâneo e globalizado que nos remeta à antiguidade, onde estando em evidência um indivíduo era levado à forca, ao Panteão ou a masmorra solitária.
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Nota 1 - Érico Verissímo - artigo Como nasce uma personagem, publicado em 1950 na Revista do Globo e posteriormente no livro Fantoches e outros contos e artigos - Editora Globo 1956

terça-feira, 6 de outubro de 2009

FLIPORTO 2009

Na melhor praia do Brasil a melhor literatura ibero-americana

“Damo-nos tão bem um com o outro/ Na companhia de tudo/ Que nunca pensamos um no outro,/ Mas vivemos juntos e dois/ Com um acordo íntimo/ Como a mão direita e a esquerda.” Muitas vezes a situação cultural do Brasil (e os seus vizinhos), Portugal e Espanha (também vizinhos) se assemelha a essa situação descrita por Fernando Pessoa (noutro contexto, é claro). Paradoxal. Temperada com a sensação de que há muito ainda por fazer para celebrar o encontro, a fraternidade, a união entre esses povos.

Gilberto Freyre via com tanta clareza a integração do Brasil a Espanha, Portugal e África que até criou uma ciência para interpretar isso: a tropicologia. João Cabral de Melo Neto disse que os rios Capibaribe (em Pernambuco) e o Guadalquivir (na Andaluzia) eram da “mesma maçonaria”. A verdade é que o Brasil e os seus irmãos de continente integram um mundo comum: o ibérico. É a literatura o melhor meio de provar (saborear) tudo isso.

E se num mesmo porto, numa mesma praia, pudessem confraternizar alguns dos melhores escritores da literatura ibero-americana da atualidade? E se os grandes nomes do iberismo pudessem ser homenageados e tivessem suas obras redescobertas? E se a literatura fizesse o que melhor sabe – dialogar – presente com passado e futuro, poesia erudita com música pop, Gutenberg com Steve Jobs? Seria uma festa. É isso o que pretende ser a Fliporto 2009. Na melhor praia do Brasil a melhor literatura ibero-americana.

Acesse fliporto.net

FLIPORTO | ANO V
Coordenação Geral: Antônio Campos
Coordenação Literária: Mário Hélio
Produção Executiva Geral: Eduardo Côrtes
Gerência Executiva: Leila Teixeira

segunda-feira, 5 de outubro de 2009